E então? A aparição do Hugo
Após jota, e uma série de dislates no Parlamento, eis entrada de Leão : Hugo Soares; vai valer a pena seguir, adivinha-se melhor que a tradicional revista à portuguesa
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Após jota, e uma série de dislates no Parlamento, eis entrada de Leão : Hugo Soares; vai valer a pena seguir, adivinha-se melhor que a tradicional revista à portuguesa
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Como aqui já foi dito e repetido, foco a demografia.
( Não, não é sério falar do BES, da D. Inércia e do Cristiano...temas atuais, mas que é mais do mesmo. O "capitalismo" português não existe, ponto. Já poucos se lembram do apoio de Ricardo Salgado ao TGV, do apoio dos Espíritos Santo às empresas (subsidiadas pelo contribuinte nacional ou europeu) que a coberto dos tiranetes locais faziam "obra", do apoio a grupos transversais aos partidos, do convívio janota com a aristocracia vergonhosa que pulula o espaço público português. É assim a instituição financeira tradicional em Portugal e com os pergaminhos que a excelência do país se mede. O resto é tempo de conversa, de alternativas como o rolar de Sísifo )
O país que tanto se comove com a baixa natalidade é o mesmo país que brada vivas ao Tribunal Constitucional por este manter os direitos adquiridos das gerações mais velhas.
É o país em que uma geração inteira vai pagar as suas pensões e as pensões da geração mais velha.
É o mesmo país que convive com o desemprego jovem e o com um mercado de emprego que protege os mais velhos (não é mais fácil despedir o marido que o empregado?).
É o pais em que o Estado promove o prolongamento artificial do percurso escolar de forma a quem muitas pessoas só começam a procurar o primeiro emprego aos 25-28 anos. É também o pais dos impostos progressivos, que penalizam o trabalho e a poupança, e impedem que as pessoas poupem mais e progridem mais no pico das suas capacidades, o que coincide com o período em que poderiam ter filhos.
As consequências a longo prazo (menos longo agora do que aquando este monge bradava contra o governante que falava de "geração rasca"... dizendo em canto gregoriano que "Sr. Primeiro-Ministro: veremos se cuida da sua pensão, pois sei que na minha geração será improvável")
Agora anda para aí uma reforma. Zero. Peanuts!
Enquanto o sacrifício, a dor e o esforço no Ocidente não forem realçados...a condenação demográfica é certa.
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Menos vagas no Ensino Superior público...menos despesa. Boas notícias para ...FUTUROS contribuintes.
Advogados contra o mapa judiciário...: não tinham reparado que é para vigorar! E não venham com a treta da justiça "pás pexoas", vão mais vezes para os banhos do Algarve que a um tribunal.
Ricardo Salgado páta-ti páta-lá...mas ninguém comenta os "eleitos" (as excelências do País dos últimos 20 anos e que geriam dinheiro que não é próprio) que permitiram que a banca tomasse conta de uma parte do Estado.
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Até aqui o combate à fraude no SNS centrou-se no ambulatório.
Hospitais e meios de diagnóstico são os próximos alvos...demorou!
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Custa menos ter uma laranja do que ter a laranjeira; custa menos ter o leite do que uma vaca; recursos finitos, direitos como desejos, desejos infinitos.
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Hoje, com a febre dos "directos", qualquer irrelevância se torna manchete.
Um dos problemas do nosso tempo é a falta de hierarquia nas notícias. Tudo vale, desde que preencha tempo de antena ou provoque reacções em cadeia nas redes sociais - com prazo de validade cada vez mais curto.
Uma treta torna-se notícia, objeto de curiosidade (?!), de paleio sem qualquer substância.
Há quem faça vénias ao fenómeno, em nome da suposta "democratização" da informação.
Mas informação não é isto.
E não existe democracia digna desse nome sem informação séria, credível, editada e hierarquizada.
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Tudo por aí são clubes, likes, amigos às dezenas de milhar, paixões mais instantâneas que o caldo Knorr, e contudo, a julgar pelo que vejo, leio, oiço, raramente a dificuldade de existir assoberbou assim a vida de tantos.
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A força com que uma estrada no campo se nos impõe é muito diferente, consoante ela seja percorrida a pé ou sobrevoada de aeroplano. Do
mesmo
modo, também a força de um texto é diferente, conforme é lido ou copiado.
Quem voa, vê apenas como a estrada atravessa a paisagem; para ele, ela desenrola-se segundo as mesmas leis que regem toda a topografia
envolvente. Só quem percorre a estrada a pé sente o seu poder e o modo como ela, a cada curva, faz saltar do terreno plano (que para o
aviador é apenas extensão da planície) objectos distantes, miradouros, clareiras, perspectivas, como a voz do comandante que faz avançar
soldados na frente de batalha.
Do mesmo modo, só quando copiado o texto comanda a alma de quem dele se ocupa, enquanto o mero leitor nunca chega a conhecer as novas
vistas do seu interior, que o texto -essa estrada que atravessa a floresta virgem, cada vez mais densa, da interioridade- vai abrindo: porque o
leitor segue docilmente o movimento do seu eu nos livres espaços aéreos da fantasia, ao passo que o copista se deixa comandar por ele. A arte
chinesa de copiar livros era garantia, incomparável, de uma cultura literária, e a cópia uma chave dos enigmas da China.
..."WALTER BENJAMIM, Imagens de Pensamento, Assírio & Alvim, 2004, p. 14.
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